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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
Revista oficial da Sociedad Latinoamericana de Alergia, Asma e Inmunología SLaai

Brazilian Journal of Allergy and Immunology (BJAI)

Abril-Junho 2023 - Volume 7  - Número 2

Vol. 7 - Nº 2


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Editorial

1 - Ação dos imunobiológicos na remissão da asma

Action of immunobiologics in asthma remission

Pedro Giavina-Bianchi

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 133-135

DOI: 10.5935/2526-5393.20230018

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ARTIGOS ESPECIAIS

2 - Alterações climáticas e sua repercussão sobre a saúde humana em países da América do Sul

Climate change and its impact on human health in South America

Marilyn Urrutia-Pereira; Dirceu Solé

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 136-142

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230019

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Nas últimas duas décadas as mudanças climáticas têm se intensificado, causado danos ao meio ambiente e aos indivíduos que nele habitam. Várias ações do ser humano têm contribuído para que cada vez mais essas mudanças climáticas sejam mais presentes e intensas. O aumento das desigualdades e vulnerabilidades sociais, o desmatamento, os incêndios florestais voluntários, a degradação do solo e a poluição ambiental aliados à variabilidade climática global da temperatura da água do mar podem potencialmente levar a eventos climáticos extremos, potencializando os efeitos negativos sobre a saúde. Neste trabalho é apresentado um resumo do relatório do Lancet Countdown South America, fruto da colaboração acadêmica multidisciplinar de instituições de ensino e agências sul-americanas de saúde de 12 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela e Suriname) publicado por Hartinger e cols. (2023). Este estudo é uma alerta, pois nele são publicados os resultados do levantamento sobre mudanças climáticas e seus efeitos sobre a saúde humana no continente sul-americano. Conhecê-las é o primeiro passo para que políticas de saúde pública sejam instituídas, e, preferencialmente, de modo preventivo.

Descritores: Mudanças climáticas, saúde humana, desmatamento, incêndios florestais.

3 - Aproximando a Atenção Especializada da Atenção Primária à Saúde: em busca do cuidado integral ao paciente com asma no Brasil

Aligning Specialized Care with Primary Health Care: in search of comprehensive care for asthma patients in Brazil

Luane Marques Mello; Álvaro Augusto Cruz

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 143-153

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230020

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A ocorrência de doenças alérgicas e asma ainda cresce em muitos países. Dados mostram que aproximadamente um quarto dos habitantes de países industrializados apresenta algum tipo de alergia, e nos países em desenvolvimento estas doenças podem alcançar proporções ainda maiores da população. No Brasil, embora não exista até o momento uma agenda política nacional de atenção à saúde dos pacientes com alergias e asma, iniciativas individuais em diferentes regiões têm beneficiado milhares de pacientes ao longo das últimas décadas. Estes programas têm como principais objetivos qualificar o cuidado em saúde, melhorar a qualidade de vida (especialmente dos pacientes com asma e rinite alérgica) e reduzir os indicadores de morbimortalidade relacionados às doenças. Com essa finalidade, os programas vêm se ocupando de diversas ações de educação em saúde, capacitação profissional, busca ativa para garantir diagnóstico e tratamento oportuno, e proporcionar acesso a medicamentos de forma gratuita e continuada. Entretanto, a falta de um caráter institucional que garanta o acesso universal a ações cientificamente fundamentadas, impede a equidade e a continuidade do cuidado, além de dificultar a atenção integral em asma e em outras doenças alérgicas.

Descritores: Asma, atenção primária à saúde, atenção à saúde, assistência integral à saúde, alergia e imunologia.

Artigo de Revisão

4 - Distúrbios do olfato, uma revisão narrativa do diagnóstico ao tratamento

Olfactory dysfunction: a narrative review from diagnosis to treatment

Laís Lourenção Garcia da Cunha; Sarah Aguiar Nunes; Adriana Pitchon; Andressa Mariane da Silva; Jorge Kalil; Clóvis Eduardo Santos Galvão; Fábio Fernandes Morato Castro

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 154-162

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230021

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Os distúrbios do olfato (DO) impactam de forma significativa na qualidade de vida dos indivíduos, e o conhecimento teórico a respeito do assunto deve ser de domínio dos alergologistas e imunologistas clínicos, possibilitando, assim, o seu diagnóstico e implementação de intervenções. Suas causas podem ser variadas, entre elas estão: rinite alérgica, rinossinusite crônica com ou sem pólipos, infecções de vias aéreas superiores, exposição a substâncias químicas, doenças neurológicas, drogas, traumas e o próprio envelhecimento. O olfato pode ser avaliado e mensurado através de testes com metodologias diferentes, cujo objetivo é avaliar parâmetros como a identificação de odores, limiar e discriminação olfativa. Esses testes são de fundamental importância para caracterizar objetivamente a queixa do paciente, como também avaliar o olfato antes e após determinada aplicação terapêutica. O tratamento das desordens olfativas é baseado em sua etiologia, portanto determinar a sua causa é indispensável para uma melhor eficácia no manejo. Entre as principais opções estão os corticoides tópicos, com impacto significativo nos pacientes com doença sinusal associada, treinamento olfatório e outras intervenções como ômega 3, vitamina A intranasal, e terapias que ainda requerem mais estudos.

Descritores: Rinite, transtornos do olfato, sinusite, anosmia, COVID-19.

Artigos Originais

5 - Reação a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS): desafio no diagnóstico e tratamento

Drug reaction with eosinophilia and systemic symptoms (DRESS): a diagnostic and treatment challenge

Dina Larissa Capelasso da Costa; Débora Mutti de Almeida Monteiro; Thabata Chiconini Faria; Ana Flavia Faria de Camargos; Veridiana Aun Rufino Pereira; Maria Elisa Bertocco Andrade; Fátima Rodrigues Fernandes

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 163-170

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230022

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INTRODUÇÃO: A reação a medicamentos com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) trata-se de uma doença grave, sendo sua gravidade relacionada ao grau de acometimento visceral, e sua taxa de mortalidade de cerca de 10%. Seu diagnóstico é desafiador, e a utilização do escore RegiSCAR como ferramenta facilita a formação deste diagnóstico.
OBJETIVO: Analisar os aspectos clínicos, laboratoriais, evolução e classificação dos casos segundo o RegiSCAR dos pacientes internados no serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, com o diagnóstico de DRESS.
MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários de pacientes atendidos no período entre janeiro de 2006 a janeiro de 2020
RESULTADOS: Neste estudo verificou-se maior prevalência do sexo feminino, e a DRESS acometeu principalmente adultos e idosos, tendo como comorbidades mais frequentes as doenças cardiovasculares. Dos sintomas clínicos, 69,2% dos pacientes apresentava febre, e a alteração laboratorial mais encontrada foi a presença de eosinofilia. A lesão cutânea mais frequente foi o exantema maculopapular, e os medicamentos, os anticonvulsivantes. O tempo prévio de uso do medicamento foi de 2,1 semanas, e todos os pacientes receberam corticoide sistêmico como tratamento principal, e 3 pacientes fizeram uso da imunoglubulina humana como tratamento adicional.A mortalidade foi de 7% na fase aguda, e 14% por causas secundárias.
CONCLUSÃO: A DRESS é uma síndrome complexa grave e potencialmente fatal, cujo diagnóstico é desafiador. O uso do escore preconizado pelo RegiSCAR demonstrou ser importante auxílio na confirmação do diagnóstico e na diferenciação de outras doenças. A mortalidade encontrada destaca a gravidade da doença. Reconhecer e excluir a droga implicada e iniciar um tratamento precoce permite maior chance de sobrevida para estes pacientes.

Descritores: Eosinofilia, anticonvulsivantes, hipersensibilidade a drogas, síndrome de hipersensibilidade a medicamentos.

6 - Teste de provocação oral com alimentos: o panorama brasileiro

Oral food challenge: a Brazilian panorama

Lucila Camargo Lopes de Oliveira; Jackeline Motta Franco; Ana Carolina Rozalem Reali; Ana Paula Beltran Moschione Castro; Ariana Campos Yang; Bárbara Luiza de Britto Cançado; Fabiane Pomiecinski Frota; Germana Pimentel Stefani; Ingrid Pimentel Cunha Magalhães Souza Lima; José Carlison Santos de-Oliveira; José Luiz Magalhães Rios; Nathalia Barroso Acatauassú Ferreira; Renata Rodrigues-Cocco; Valéria Botan-Gonçalves; Norma de Paula M. Rubini; Emanuel Sarinho; Dirceu Solé

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 171-180

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230023

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INTRODUÇÃO: O teste de provocação oral (TPO) com alimentos é o padrão ouro para avaliação diagnóstica e de aquisição de tolerância em pacientes com alergia alimentar (AA). Exige, no entanto, equipe especializada e local apropriado para execução, uma vez que reações alérgicas, incluindo anafilaxia, podem acontecer. Foi recém-incorporado como procedimento reconhecido pelo Sistema Único de Saúde e pela Agência Nacional de Saúde, mas apenas no contexto da alergia ao leite de vaca para pacientes com até 24 meses de vida.Pouco se sabe sobre sua disponibilidade/execução no território brasileiro.
OBJETIVOS: Explorar o perfil de realização de TPO com alimentos em âmbito nacional, bem como as limitações para a sua não realização.
MÉTODOS: Inquérito virtual foi disponibilizado por e-mail aos 2.500 sócios cadastrados na Associação Brasileira de Alergia e Imunologia questionando sobre a prática de TPO, formação do profissional, limitações para sua não realização e possíveis soluções para sua execução
RESULTADOS: Foram obtidas 290 respostas (11,6% dos associados), sendo a maioria deles proveniente da Região Sudeste (56,1%). Realizam TPO 54,5% (158/290) dos associados, 62% destes mais de 5 TPOs/mês, principalmente para leite e ovo. A execução de TPO na atualidade, majoritariamente na rede privada, esteve associada à prática do procedimento durante a especialização. Falta de recurso e ambiente apropriados são as maiores limitações para a não realização do TPO.
CONCLUSÕES: Apesar do viés de seleção inerente à metodologia empregada do estudo, este inquérito pioneiro em território nacional tem importância por esclarecer e discutir a realização do TPO no âmbito do Brasil. Certamente este procedimento ainda é insuficientemente realizado no Brasil.

Descritores: Hipersensibilidade alimentar, diagnóstico, prognóstico, alimentos.

7 - Rinite alérgica em estudantes de Medicina: percepção sobre diagnóstico, controle dos sintomas e qualidade de vida

Allergic rhinitis among medical students: perceptions about diagnosis, symptom control, and quality of life

Phelipe dos Santos Souza; Henrique de Rocco Echeverria; Ana Alice Broering Eller; Gabriel de Araujo Granado

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 181-188

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230024

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INTRODUÇÃO: A rinite alérgica (RA) é uma doença com sintomas nasais, como rinorreia, espirros e congestão nasal, causada pela inflamação da mucosa após a exposição do indivíduo a um agente alérgeno. A sintomatologia da doença causa consequências na qualidade de vida do paciente, que frequentemente possui problemas de sono, irritabilidade e fadiga. Estudantes podem ter seu desempenho acadêmico afetado de modo negativo pela doença.
OBJETIVO: Tendo em vista a problemática que a doença causa na performance de estudantes, esse estudo pretende analisar a prevalência da RA nos discentes da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), com a finalidade de identificar o grau de comprometimento na qualidade de vida dos estudantes com a doença e relacionar com o seu grau de controle dos sintomas da rinite alérgica.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo observacional, a partir de dados coletados de estudantes de Medicina, através de questionários específicos para avaliação do controle dos sintomas e impacto na qualidade de vida, sendo eles: o Rhinitis Control Assessment Test e o Sino-Nasal Outcome Test
RESULTADOS: 88 estudantes de Medicina foram avaliados neste estudo, a prevalência da RA foi de 69%. A maioria dos estudantes possui a doença controlada, o que caracteriza menor impacto da doença na qualidade de vida desses pacientes. Entre eles, os sintomas de maior impacto são: espirros, obstrução nasal e lacrimejamento ocular. Houve correlação estatística entre o controle dos sintomas e o impacto dos mesmos na qualidade de vida, avaliado pelos questionários RCAT e SNOT-22 (r = -0,4277; p < 0,001).
CONCLUSÃO: O conhecimento disseminado entre estudantes de Medicina sobre rinite alérgica, diferentemente do resto da população, permite que os mesmos tenham maior conscientização, aderência aos tratamentos e percepção do quadro. Por isso, a educação da população se faz essencial e útil para controle dos sintomas e garantia da qualidade de vida coletiva.

Descritores: Rinite alérgica, estudantes de Medicina, qualidade de vida.

8 - Características de pacientes com reações de hipersensibilidade a agentes quimioterápicos e biológicos e comportamento de dessensibilização

Characteristics of patients with hypersensitivity reactions to chemotherapeutic and biological agents and desensitization behavior

Juan Camilo Ardila; Diana Maria Martinez Castillo; Ana Maria Calle; Carlos Chinchilla

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 189-200

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230025-en

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INTRODUÇÃO: A hipersensibilidade aos agentes quimioterápicos e biológicos aumentou nos últimos anos devido ao seu uso frequente. Evitar tem sido a primeira linha de ação, levando à diminuição da eficácia do tratamento e ao aumento de eventos adversos.
OBJETIVOS: Caracterizar os aspectos sociodemográficos e clínicos de pacientes com reações de hipersensibilidade a agentes quimioterápicos submetidos a dessensibilização e procedimentos biológicos em uma cidade colombiana.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional, descritivo, retrospectivo e multicêntrico em pacientes com reações de hipersensibilidade a agentes quimioterápicos e biológicos submetidos à dessensibilização
RESULTADOS: Foram incluídos 45 procedimentos de dessensibilização em 14 pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade a agentes quimioterápicos e biológicos (57,1% mulheres, com mediana de idade de 42,5 anos). O medicamento mais relatado foi o rituximabe (57%). O envolvimento cutâneo foi o mais frequente (78,6%) e os corticosteroides sistêmicos foram o tratamento mais utilizado (78,6%). As reações ocorreram em 31,1% e apenas a pré-medicação com corticosteroides foi associada a uma menor gravidade destas. Todos os casos de dessensibilização foram bem-sucedidos.
CONCLUSÕES: A dessensibilização a agentes quimioterápicos e biológicos provou ser uma ferramenta útil e segura em uma população colombiana.

Descritores: Hipersensibilidade, agentes antineoplásicos, terapia biológica, dessensibilização.

9 - Segurança da vacinação contra a COVID-19 em doentes referenciados dos cuidados de saúde primários por alergia ao veneno de himenópteros

COVID-19 vaccination safety in patients with hymenoptera venom allergy referred by primary health care

Ricardo José Brás; Joana Cosme; Rita Brás; Elisa Pedro; Amélia Spínola Santos

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 201-208

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230026

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INTRODUÇÃO: As reações de hipersensibilidade após vacinação contra a COVID-19 têm vindo a ser descritas, embora a anafilaxia seja rara. A hipersensibilidade ao veneno de himenópteros constitui a terceira causa mais frequente de anafilaxia em Portugal, embora não pareça aumentar o risco de anafilaxia à vacinação contra a COVID-19.
OBJETIVOS: Avaliar a segurança da vacinação contra a COVID-19 em doentes com história de alergia ao veneno de himenópteros referenciados dos Cuidados de Saúde Primários (CSP).
MÉTODOS: Estudo observacional retrospectivo com inclusão dos doentes com alergia ao veneno de himenópteros referenciados pelos CSP ao serviço de Imunoalergologia, para estratificação do risco de reações de hipersensibilidade à vacina contra o SARS-CoV-2, entre janeiro e dezembro de 2021
RESULTADOS: No total, incluíram-se 18 doentes, 72% do sexo feminino, média de idades de 61±18 [21-89] anos. Na caracterização do tipo da reação ao veneno de himenópteros, as reações locais exuberantes corresponderam a 33% de todas as reações referidas. Quanto a sintomas sistêmicos de anafilaxia, foram referidos sintomas mucocutâneos (33%), respiratórios (28%), cardiovasculares (33%) e gastrointestinais (11%). A abelha foi o inseto mais frequentemente implicado (61%). Relativamente aos valores de triptase basal, 3 doentes apresentaram níveis acima do cut-off estabelecido de 11,4 ng/mL, tendo indicação formal para iniciar esquema de vacinação em meio hospitalar. Durante o processo vacinal registrou-se um total de 46 administrações em 18 doentes, todas sem intercorrências. Apenas 5 doentes foram vacinados em meio hospitalar, tendo sido os restantes encaminhados para os CSP. Os doentes com mastocitose confirmada ou suspeita foram submetidos à pré-medicação com anti-histamínico anti-H1 e antiH2, bem como montelucaste, na véspera e no dia da vacinação.
CONCLUSÕES: A vacinação contra a COVID-19 é segura em doentes com reação de hipersensibilidade ao veneno de himenópteros. O protocolo utilizado mostrou ser eficaz na segregação de doentes entre CSP e cuidados secundários/terciários.

Descritores: Alergia, anafilaxia, hipersensibilidade ao veneno de himenópteros, triptase, vacinação COVID-19.

Comunicações Clínicas e Experimentais

10 - Coexistência de doenças autoimunes: oportunidade para a associação de imunobiológicos?

Coexisting autoimmune diseases: an opportunity to associate immunobiologicals?

Isaac Teodoro Souza-e-Silva; Pablo Waldeck Gonçalves-de-Souza; Rossy Moreira Bastos-Junior; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Solange Oliveira Rodrigues Valle

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 209-212

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230027

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O tratamento das doenças autoimunes com imunobiológicos é uma opção segura na prática clínica. A simultaneidade na ocorrência de doenças imunomediadas em um mesmo indivíduo pode determinar a necessidade da associação dos imunobiológicos para controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida dos doentes. Relatamos o caso de uma paciente com artrite reumatoide em uso de etanercepte, que necessitou da associação de omalizumabe para o tratamento de urticária crônica espontânea.

Descritores: Urticária, angioedema, omalizumabe, etanercepte, terapia biológica.

11 - O omalizumabe no tratamento da urticária no contexto da pandemia de COVID-19

Omalizumab as urticaria treatment in the context of the COVID-19 pandemic

Luis Felipe Ensina; Sérgio Duarte Dortas-Junior; Rosana Câmara Agondi; Faradiba Sarquis Serpa; Solange Oliveira Rodrigues Valle; Roberta Fachini Jardim Criado; Joanemile Pacheco de-Figueiredo; Juliano Coelho Philippi; Fernanda Lugão Campinhos; Chayanne Andrade de-Araújo; Luisa Karla Arruda

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 213-218

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230028

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O início da pandemia de COVID-19 foi marcado por incertezas diante do desconhecimento sobre a doença.Uma série de dúvidas relacionadas ao uso de imunobiológicos no contexto da pandemia foi levantada, inclusive em relação ao tratamento com omalizumabe em pacientes com urticária crônica (UC). Este estudo teve como objetivo analisar os dados relacionados à gravidade da COVID-19 e a evolução da urticária em pacientes em terapia com omalizumabe acompanhados por especialistas no Brasil. Foi realizada análise retrospectiva de dados de pacientes com UC tratados com omalizumabe entre julho/2020 e junho/2021 que apresentaram COVID-19. Foram avaliados dados relacionados às características clínicas dos pacientes e evolução da urticária durante a infecção pelo SARS-CoV2. Foram incluídos 28 pacientes em tratamento com omalizumabe, sendo 27 com urticária crônica espontânea (UCE), dos quais 25% tinham alguma urticária induzida associada. A maior parte dos pacientes (71%) estavam utilizando doses quadruplicadas de anti-histamínicos modernos de 2ª geração associados ao omalizumabe. Todos os pacientes estavam com os sintomas controlados. Entre os sintomas apresentados durante a COVID-19, os mais frequentes foram: febre (43%), cefaleia (36%), mal-estar (32%), hipo/anosmia (29%) e tosse (21%). Quatro pacientes foram hospitalizados, um deles em unidade de terapia intensiva. Um paciente relatou piora dos sintomas da UC durante a COVID-19. Cinco (18%) pacientes apresentaram piora dos sintomas da UC após a resolução da COVID-19. Todos os pacientes se recuperaram da COVID-19 sem sequelas graves. O OMA não pareceu aumentar o risco de COVID-19 grave e poderia ser usado com segurança em pacientes com UC.

Descritores: Urticária, omalizumab, COVID-19.

12 - Anafilaxia e mastocitose sistêmica ocasionada pela Solenopsis invicta

Anaphylaxis and systemic mastocytosis caused by Solenopsis invicta stings

Mario Geller; Phillip Scheinberg; Mariana C. Castells

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 219-221

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230029-en

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A mastocitose sistêmica indolente é uma doença rara caracterizada por um número aumentado de mastócitos na medula óssea e em outros tecidos, como fígado, baço, linfonodos e pele.Pacientes com mastocitose sistêmica indolente e altos níveis séricos de triptase correm risco de anafilaxia induzida pelo veneno dos Hymenoptera. A imunoterapia com veneno de himenópteros em pacientes com IgE específica é segura e eficaz. Embora alguns pacientes possam receber imunoterapia com veneno ultrarrápido com efeitos colaterais mínimos, o omalizumabe protegeu efetivamente contra a anafilaxia durante a fase de acúmulo.

Descritores: Anafilaxia, mastocitose sistêmica indolente, urticária pigmentosa, formiga-de-fogo importada, Solenopsis invicta, imunoterapia com veneno de himenópteros, alfa triptasemia hereditária.

13 - Anafilaxia associada à injeção intracavernosa peniana de prostaglandina E1 em combinação com papaverina e fentolamina

Anaphylaxis associated with intracavernous penile injection of prostaglandin E1 in combination with papaverine and phentolamine

Mario Geller

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 222-224

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230030-en

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A prostatectomia radical total para câncer de próstata avançado pode levar à impotência sexual, associada a uma disfunção erétil grave. Um tratamento amplamente recomendado para esta condição incapacitante é a injeção intracavernosa no pênis de uma mistura de prostaglandina E1, papaverina e fentolamina. Até onde sabemos, estamos apresentando o primeiro caso de anafilaxia associada à injeção intracavernosa peniana de prostaglandina E1 em combinação com papaverina e fentolamina.

Descritores: Anafilaxia,papaverina, fentolamina,prostaglandina E1, efeitos adversos, tratamento com medicamentos combinados.

14 - Imunoterapia de dessensibilização para Malassezia spp. - Relato de caso experimental

Desensitization immunotherapy for Malassezia spp.: experimental case report

Raphael Coelho Figueiredo; Caroline Braga Barroso; Livio Melo Barbosa; Márcia Gabrielly Teles de-Macedo; Peniel Leite Rocha; Andréa Maria de Araújo Mendes; Lara Milena Santos Silva; Elaine de Lima de-Almeida

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 225-230

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230031

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A pitiríase versicolor (PV) consiste em uma infecção fúngica ocasionada por leveduras de Malassezia spp., que apesar de manejo simples, é uma doença com elevadas chances de recidiva e cronificação, além da pouca variedade de terapias efetivas para tratar cepas resistentes. Existem relatos na literatura sobre utilização de dessensibilização para Malassezia spp., mas para o tratamento de dermatite atópica e não PV, conferindo caráter inovador ao relato em questão. O caso apresentado consiste em um paciente de 28 anos, do sexo masculino, com manifestações típicas de PV em região de face, cervical, dorsal e axilar, há 4 anos, com resistência aos esquemas terapêuticos tópicos e sistêmicos. Uma vez identificada a ineficácia das terapias tradicionais, foi iniciado o tratamento com dessensiblização para Malassezia spp., em aplicações semanais, com aumento progressivo da dosagem e posterior aumento no intervalo das aplicações. Após onze meses de realização do novo tratamento, o paciente evoluiu com melhora completa das lesões. Conclui-se que a utilização de técnicas imunoterápicas para o tratamento de PV foi considerado eficaz no caso relatado, apesar de ainda não haver evidências que amparem sua utilização em maior escala.

Descritores: Malassezia, tinha versicolor, dessensibilização imunológica, relatos de casos.

15 - Anafilaxia à lapa: um caso clínico raro

Limpet anaphylaxis: a rare case

Filipa Rodrigues-dos-Santos; Inês Falcão; Maria Angeles Lopes-Mata; Leonor Cunha

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 231-234

Resumo

DOI: 10.5935/2526-5393.20230032

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A lapa (Patella vulgata) é um molusco frequentemente encontrado em regiões costeiras com clima quente. A alergia alimentar à lapa é muito rara, com poucos casos descritos na literatura. Os autores descrevem um caso de anafilaxia à lapa, com evidência de reação de hipersensibilidade do tipo I, através de IgE específica positiva à lapa, tanto com métodos in vivo, como in vitro.

Descritores: Alergia alimentar, anafilaxia, lapa, hipersensibilidade a frutos do mar.

CARTAS AO EDITOR

16 - Edema laríngeo tardio após administração da vacina bivalente de RNA mensageiro contra SARS-CoV-2

Delayed laryngeal edema after administration of the SARS-CoV-2 bivalent messenger RNA vaccine

Mario Geller

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 235

DOI: 10.5935/2526-5393.20230033-en

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17 - Transtorno do estresse agudo e asma: onde estaria nas emergências?

Acute stress disorder and asthma: where would it be in the emergency room?

Francisco Machado Vieira

Arq Asma Alerg Imunol 2023;7(2): 236-237

DOI: 10.5935/2526-5393.20230034

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