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Revista oficial da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia ASBAI
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Número Atual:  Julho-Setembro 2020 - Volume 4  - Número 3


ARTIGO ESPECIAL

Tratamento da asma: o que podemos aprender com um médico do século XVI

Asthma treatment: what we can learn from a 16th-century physician

Raul Emrich Melo


DOI: 10.5935/2526-5393.20200046

Faculdade das Américas (FAM) - São Paulo, SP, Brasil. Autor do romance histórico "Cardano - ascensão, tragédia e glória na Renascença Italiana", Rio de Janeiro: Ed. Record; 2013


Endereço para correspondência:

Raul Emrich Melo
E-mail: raulamba@uol.com.br


Submetido em: 03/11/2020
Aceito em: 09/11/2020

Não foram declarados conflitos de interesse associados à publicação deste artigo

RESUMO

Girolamo Cardano, médico italiano do Renascimento, descreveu em suas memórias o tratamento detalhado de um arcebispo escocês que apresentava, havia mais de 10 anos, um quadro de asma grave. O tratamento, sem paralelo na história da Medicina até então, foi um verdadeiro sucesso, ajudando a firmar o nome de Cardano como um dos mais lidos e admirados personagens dos séculos XVI e XVII. Uma possível interpretação para a melhora significativa apresentada pelo paciente seria a resposta a uma medida de higiene ambiental antialérgica: a retirada do quarto de todo material que contivesse penas (colchão, mantas e travesseiros). No entanto, a análise detalhada do relato (excluindo-se a terapia medicamentosa, por não ter nenhum respaldo científico), faz surgir uma nova interpretação, pois a reeducação comportamental implementada foi surpreendente. Muitas das medidas defendidas por Cardano foram inovadoras para a época e, curiosamente, encontram ressonância na Hipótese da Biodiversidade, a mais recente tentativa de explicar a escalada da alergia e das doenças inflamatórias a partir de meados do século XX. A perseguição pela Inquisição, associada às críticas de irreligiosidade e possível retrocesso em sua capacidade mental, provavelmente impediram que o médico italiano fosse lembrado nos dias de hoje. O caso descrito nos relembra, em um momento de afã por novas medicações para asma, junto a tempos exageradamente curtos de consulta, que as medidas de orientação e educação podem ter um impacto significativo, chegando mesmo a se equiparar à terapêutica medicamentosa.

Descritores: História da asma, Medicina no Renascimento, Hipótese da Biodiversidade, Girolamo Cardano.




INTRODUÇÃO

No livro "Asthma and COPD: Basic Mechanisms", de Peter Barnes, o capítulo sobre Higiene Ambiental, assinado pelo professor bósnio de cabelos esvoaçantes Adnan Custovic, inicia com a descrição daquilo que seria a primeira intervenção antialérgica da história. O protagonista em questão era Girolamo Cardano (1501-1576), um médico da Renascença Italiana que orientou a retirada do colchão e das almofadas de penas, seguindo-se então "a miraculous remission"1.

Um aspecto interessante desta descrição, ocorrida em 1552, foi o fato ter sido relatada na própria autobiografia de Cardano, um gênero literário com poucos exemplos até então. O paciente, John Hamilton, sofredor de uma asma renitente, era um bispo escocês rico e atarefado. Ele ficou sabendo da capacidade do médico italiano em curar a asma em um de seus livros."Curei a phthisi, a consumpção e a asma", teria registrado Cardano, com certa petulância2.

Phthisi era um termo confuso, que provavelmente incluía doenças infecciosas como a tuberculose. É verdade que os dois pacientes descritos como curados morreram logo após, mas isso é detalhe. O importante é que o convite para o desafio foi aceito (junto com um saco de moedas, claro)3.

Entender como um médico de Milão, o centro cultural da época, se dispôs a gastar quase um ano para atravessar boa parte da Europa no lombo de uma mula, fazer a consulta de um paciente que vivia na longínqua Escócia e voltar em meio a uma guerra que assolava a França e a Alemanha, é parte do charme desta história. Vamos a ela, sim, mas não sem antes captar as particularidades da vida de 500 anos atrás.

 

RENASCIMENTO

Não há consenso entre os historiadores de quando se iniciaria o Renascimento, uma época fascinante em que a ciência moderna dava seus primeiros passos. A invenção da imprensa, em meados do século XV, poderia ser esse divisor de águas. Mas, ao contrário do que muitos ainda pensam, a Idade Média estava longe de ser um período de trevas.

A Universidade de Bolonha, na Itália, foi inaugurada em 1088. Pádua, 1222. Nápoles, 1224. Pavia, onde Cardano iniciou os estudos, 1361. Segundo o historiador Peter Burke, já existiam 50 universidades europeias na virada de 15004. As faculdades ajudaram a formar novos cidadãos, para novas funções da sociedade. Se na alta Idade Média (até o ano 1.000 d.C.) as pessoas se dividiam entre aqueles que rezavam (clérigos), os que lutavam (nobres), e os que trabalhavam (vassalos)5, agora surgem embaixadores, advogados, cientistas, descobridores e intelectuais independentes6. É também neste momento que se sobressaem os Homens de Letras, os Viri Litterati. Bem verdade que as mulheres passam a ser excluídas definitivamente desse novo processo intelectual. A italiana Isotta Nogarola, por exemplo, recebeu tanta humilhação pública por ser escritora que acabou se retirando em um convento7.

 

CURRÍCULO MÉDICO

Nosso colega Cardano, cujo pai era amigo de Leonardo da Vinci, completou os estudos na escola médica de Pádua (Padova), considerada a melhor do século XVI devido à sua tradição de liberdades civil, política e religiosa, com apoio da rica República de Veneza. Mas, afinal, como seria um currículo médico tanto tempo atrás?

Artigo de Regina Rebollo, de 2010, nos traz alguma luz sobre esse tema8. Nos três anos de curso, os professores, na parte da manhã, seguiam os livros de Avicena, Hipócrates e Galeno, respectivamente. Era a Medicina teórica ordinária. Aulas extraordinárias, frequentemente pagas, eram ministradas por professores de outras faculdades, no período da tarde.

A disciplina de Cirurgia e Anatomia, por outro lado, ganhou proeminência com a figura de Andreas Vesalius (1514-1564), iniciador da tradição dos grandes mestres da área, fazendo dissecações para grandes audiências, até mesmo em anfiteatros improvisados de igrejas9. Estes procedimentos eram realizados principalmente nos meses frios, quando a putrefação dos corpos (de criminosos homens, geralmente) era mais lenta.

Em 1543, Vesalius publicou um livro ilustrado, baseado em dissecações, que inaugurou a Anatomia moderna: De Humani Corporis Fabrica (algo como "a estrutura do corpo humano")10. Foi um alvoroço. Após Vesalius, a mandíbula passou a ser uma peça única, o esterno não era mais formado por sete ossos e, pasmem, homens e mulheres teriam o mesmo número de costelas. Os escritos de Galeno, o maior médico do Império Romano, (e, com razão, reverenciado por tantos séculos) seriam definitivamente questionados11. Cardano, um homem liberal e progressista, se correspondeu com Vesalius, elogiou-o publicamente e escreveu em seu diário: "nunca o vi, embora não possa ter amigo mais íntimo" (unquam vidi, ut neque Vesalium quamquam intimum mihi amicum)12.

 

TRATAMENTO DA ASMA

Sabemos que Hipócrates foi o primeiro a usar o termo asma, que em grego significa arfar, ou ofegar, apesar de descrições da doença existirem desde os primórdios da civilização - dos chineses aos egípcios13. Mas foi apenas no meio da Idade Média, com Maimônedes, o médico judeu nascido na Espanha que prestou serviços para o sultão Saladino, que surgiria o primeiro Tratado de Asma, um compêndio único e minucioso14.

Maimônides não pregava o mesmo tratamento para todas as pessoas, mas sim o estudo criterioso do paciente, para que a orientação fosse, como se diz hoje, customizada. O regime de saúde, segundo ele, deveria se adaptar às necessidades específicas do cliente asmático15. É possível que este livro tenha chegado em mãos de Cardano antes dele empreender sua viagem à Escócia16. Em sua autobiografia, o médico italiano contou como atravessou os Alpes, passou por Lyon, foi recebido com pompa em Paris e rumou para o norte da Grã-Bretanha, sempre em uma mula. Ao chegar à Escócia, tomou conhecimento que já existiam três médicos franceses tratando o arcebispo obeso, estressado e sedentário, de nome John Hamilton. O ciúme entre os médicos tornou o ambiente tenso.

A teoria de retenção de humores tóxicos e úmidos no cérebro, defendida pelos médicos do arcebispo, foi rejeitada por Cardano, que implementou um programa de mudanças radicais na rotina do religioso após uma crise grave que por pouco não matou o paciente. Cardano analisou meticulosamente o dia a dia do arcebispo e elaborou um detalhado plano de tratamento, que tinha como ponto forte as medidas comportamentais, até porque a terapia medicamentosa nos parece hoje tão eficiente quanto uma simpatia da vovó: emplastro de alcatrão grego, mostarda, eufórbia (uma planta daninha) e mel, junto com uma pasta feita com o corpo de moscas2.

Em artigo de 2006, Vallance et al. também afirmam, como Custovic, que este seria o primeiro caso de orientação de higiene ambiental antialérgica, quase quatro séculos antes da criação da palavra Alergia: a retirada de todas as penas do quarto do escocês17. Estudos da década de 1990 já questionavam a relação entre alergia ao ovo e às penas18, enquanto outros autores investigaram justamente a relação inversa entre uso de travesseiros com penas e possível melhora da asma19.

Mais bem documentado é o feather duvet lung (pulmão de edredon de penas), uma pneumonite por hipersensibilidade com mosaico de vidro fosco na tomografia de tórax e padrão restritivo de troca gasosa, que melhora com corticoterapia sistêmica e afastamento do agente envolvido20.

 

HIPÓTESE DA BIODIVERSIDADE

Mas a receita do dr. Cardano foi bem mais ampla. Não se limitou às citações de Custovic e Vallance. Ele orientou diminuir a inalação da fuligem de carvão e turfa (uma mistura de musgos que queimava até dentro da carruagem), manter sono e a alimentação sob controle, fazer exercícios físicos regulares, limitar as horas de trabalho e promover períodos de descanso e relaxamento. A orientação de banhos diários causou surpresa, pois acreditava-se que a lavagem do corpo retiraria as defesas da pele. Frutas frescas e passeios ao ar livre ajudavam a complementar um tratamento que provavelmente colaboraria para recompor uma microbiota alterada. Estas orientações estão hoje, curiosamente, na ordem do dia21.

Da mesma forma, sabe-se que o exercício, principalmente aeróbico, pode desencadear crises de asma em pacientes com a doença não controlada22. Em artigo de 1939, Detweiler orientava o paciente asmático a "ter uma vida plácida e monótona, pois o ato de correr, ou rir profundamente, poderiam desencadear uma crise"23. Portanto, até meados do século XX, a orientação padrão para o asmático era evitar qualquer tipo de exercício. Até porque indivíduos asmáticos têm um condicionamento físico menor, com capacidades aeróbica e anaeróbica menores24. Um círculo vicioso de menor atividade e sedentarismo poderia ser a explicação para o fato. Junte-se a isso a obesidade25.

Sabe-se hoje que, à medida em que se adquire condicionamento físico, há melhora da asma. Programas de incentivo de exercício por 30 minutos, 3 vezes por semana, já são suficientes para se obter uma razoável resposta, medida pelo ACT (asthma control test), mesmo que a função pulmonar se mantenha inalterada26. Barton & Pretty argumentam, por outro lado, que não se trata apenas de fazer o exercício, mas onde ele é realizado; o agora chamado green exercise (exercício em ambientes próximos à natureza), parece trazer mais benefícios para a saúde física e mental do que se acreditava antes27. Estudo recente com mais de 10.000 dinamarqueses demonstrou ainda que morar a mais de 1 km de distância de uma área verde já impactaria negativamente nos escores de saúde28.

A poluição peculiar a que o paciente John Hamilton estava submetido, respirando em ambientes fechados o vapor tóxico da queima da turfa, merece um comentário à parte. Parece óbvio, para um morador do século XXI, que isso é prejudicial a qualquer indivíduo, principalmente para quem tem sintomas respiratórios. Mas nem sempre se pensou assim. Tome-se como exemplo algo aparentemente charmoso, como o fog de Londres. Aquela bruma era, na verdade, a mistura de um nevoeiro natural com uma densa camada de fuligem que, de tempos em tempos, pairava sobre a cidade. Permanecia por alguns dias, até meses29.

A ideia de que a poluição era um mal necessário perdurou até a chegada do "fog assassino", em dezembro de 1952, quando 3 meses de ar carregado, de 5 a 19 vezes acima do normal, foram suficientes para precipitar a morte de 12.000 londrinos30. Este episódio provocou a mudança no comportamento geral em relação à poluição ambiental. Mas é preciso lembrar que até poucos anos atrás, para citar outro exemplo, se falava em cigarros para asma, junto a propagandas de marcas preferidas por médicos. Hoje está claro que a poluição indoor, além dos efeitos do tabagismo ativo e passivo, são devastadores para a saúde31.

Por último, o arcebispo foi obrigado a aceitar, a contragosto, a orientação de Cardano para que restringisse as visitas, como se dizia na época, às mulheres de má fama. Mas isso é outra história, e não cabe no escopo deste artigo.

O fato é que o paciente melhorou tanto, nos 35 dias de tratamento, que a reputação do médico de Milão correu toda a Europa. Príncipes e nobres solicitavam seus serviços. Foi recebido pelo rei na Inglaterra. Voltou para casa, 11 meses depois, como um verdadeiro herói. Sem exagero, pode-se considerar uma história de tratamento da asma sem paralelo até então, junto com um sucesso internacional.

Curioso é perceber que as orientações de Cardano soam incrivelmente atuais, mesmo sem ele ter lido a nova Hipótese da Biodiversidade, publicada em 2013 no periódico da Organização Mundial de Alergia21, com um artigo de Haahtela e cols. na revista da ASBAI, no mesmo ano32.

 

UM POLÍMATA DO RENASCIMENTO

Cardano foi um brilhante homem de seu tempo, um singular exemplo de renascentista intelectual independente. Para se ter uma ideia de sua genialidade, escreveu o mais importante livro de matemática desde a Grécia Antiga, com a solução da equação do 3° grau (Ars Magna)33, o primeiro livro sobre probabilidade34, seus desenhos originaram a peça automotiva que leva seu nome (eixo cardã), seu livro sobre o sofrimento inspirou Shakespeare no monólogo de Hamlet35,36 e pela primeira vez descreveu o tifo (fato ainda não reconhecido pela classe médica).

Infelizmente, a fama, fortuna e prazer acumulados com os livros e a atividade médica foram por água abaixo com o desacerto dos filhos. A filha desgarrouse, prostituiu-se e o abandonou. O filho menor, que o roubou e o chantageou, tornou-se torturador free lancer da Inquisição. Mas o golpe mais forte veio de quem ele tinha depositado todas as esperanças de uma vida normal. Seu filho mais velho, Gian Battista, médico, foi preso devido à acusação de ter matado a esposa infiel. Seria difícil encontrar uma descrição mais tocante que a de Cardano lutando pela vida do filho, escreve Waters, "em um lamento sobre a ruína da mente e do corpo que se abateu sobre ele"37. Na noite de 7 de abril de 1560, o filho Gian Battista foi decapitado na prisão. Cardano parece não ter se recuperado completamente desses infortúnios38.

 

E O PACIENTE JOHN HAMILTON?

O arcebispo católico viveu bem melhor até ser sentenciado à morte, quinze anos após, quando a Inglaterra se tornou definitivamente protestante.

 

REFERÊNCIAS

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2. Cardan J. The Book of my life (De Vita Propria Liber). New York: E.P. Dutton & Co; 1930.

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6. Broton J. The Renaissance. A very short introduction. New York: Oxford; 2006.

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8. Rebollo, RA. A escola médica de Pádua: medicina e filosofia no período moderno. História, Ciências, Saúde-Manguinhos. 2010;17(2):307-31.

9. Castiglioni, A. The Attack of Franciscus Puteus on Andreas Vesalius and the defense by Gabriel Cuneus. Yale J Biol Med. 1943;16(2):135-48.

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